sábado, janeiro 07, 2006

INTRODUÇÃO

Sei que o título foi meio ridículo: "Introdução". Mas é que eu vejo muito filme e leio muitos livros, então foi a primeira coisa que me veio à cabeça.
Desde pequeno eu sou um desajustado. Dá até pra imaginar o tipo de piada suja que ouço há anos por causa de meu sobrenome e que por alguma razão as pessoas sempre acham que são as primeiras a me contar.
Na minha formatura do maternal para o primeiro grau, a oradora falou meu nome em voz alta e teve um ataque de risos. Haviam mais ou menos uns oitenta pais na platéia. Todos riram.
Graças a meus "coleguinhas" de sala, que constantemente me lembravam o infeliz trocadilho, as garotas nem chegavam perto. Uma vez uma chegou. Me perguntou se eu realmente estava galado. Era aluna nova.
Apesar do purgatório, inexplicavelmente não cresci com uma baixa-estima, mas a distância que ocasionalmente mantinham de mim, me fez ver as coisas com outros olhos.
Uma professora de português da minha quarta série explicava na sala o que era reciprocidade (!!!) e usou um exemplo: "Eles se beijaram" dizendo que quando uma pessoa beija a outra recebe um beijo de volta. Nesse dia fui parar na secretaria porque discuti com a professora ao perguntar se ainda seria reciproco no caso de "eles se beijaram" significar que as pessoas beijam elas próprias. Entendeu? Deixa pra lá...
As pessoas não entendem. Não entendem porque eu sou o único ateu numa família com 86 católicos. Nem entendem que diabos eu quero fazendo faculdade pela terceira vez no curso de Mecatrônica, sendo que a primeira vez foi Psicologia e a segunda foi Artes Cênicas. A única coisa que entendem, depois de discutirem comigo pela segunda ou terceira vez, é que era melhor não terem me perguntado nada.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Interessante, Marcelo...é uma pena sofrer por causa do nome...graças a Deus existem nomes diferentes, se não houvesse diferença não iriamos agradar nem desagradar...rss

07 julho, 2006 22:00  

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